
No último dia do Festival Mestiço, a decorrer na Casa da Música no passado fim-de-semana, foi a vez do calor negro de África se propagar pelo betão branco do meteorito portuense.
A noite começou pelas 22h00 ao som dos frenéticos Timbila Muzimba (Moçambique), numa actuação entre o Som e o Movimento, tal como eles o descrevem no próprio nome: "Timbila", (singular m'bila) são os xilofones do povo Vachopi, que habita o sudeste de Moçambique (...) "Muzimba" palavra chopi que significa corpo. 1)
Dos Extra Golden (Quénia e Estados Unidos) ficou mais a ideia de concerto-comentado do que o calor do espectáculo, mas ressalva-se o infortúnio do grupo que se viu no dia do concerto despojado das suas bagagens 2). De qualquer forma, o cantor-narrador deu o mote: "Dos muitos anos que dou concertos - e já são muitos - fico sempre fascinado com a forma como as pessoas conseguem dançar nas cadeiras"... Dito e feito. O desafio foi aceite: O início da actuação da dupla Amadou & Mariam (Malí) deu início à rebelião...e a ocupação tímida dos dois corredores laterais de acesso foi esvaziando o coração do auditório, acabando com um terço dos ouvintes em palco...num espectáculo que findou já pelas 02h00.
Que diria o Rem (Koolhaas) 3) desta nova Casa da Dança?
Que diria o Renz (Luxembourg) 4) ao ver as pessoas encostadas aos seus difusores de madeira..ao ver agora a canópia de palco recolhida sobre uma trama metálica de projectores...?
A obra tão estática afinal também se mexe...
1) in site oficial dos Timbila Muzimba;
2) O vôo TAP custou-lhes os próprios instrumentos. Esperamos por uma próxima vez menos atribulada...
3) Arquitecto da Casa da Música;
4) Acústico da Casa da Música;
A noite começou pelas 22h00 ao som dos frenéticos Timbila Muzimba (Moçambique), numa actuação entre o Som e o Movimento, tal como eles o descrevem no próprio nome: "Timbila", (singular m'bila) são os xilofones do povo Vachopi, que habita o sudeste de Moçambique (...) "Muzimba" palavra chopi que significa corpo. 1)
Dos Extra Golden (Quénia e Estados Unidos) ficou mais a ideia de concerto-comentado do que o calor do espectáculo, mas ressalva-se o infortúnio do grupo que se viu no dia do concerto despojado das suas bagagens 2). De qualquer forma, o cantor-narrador deu o mote: "Dos muitos anos que dou concertos - e já são muitos - fico sempre fascinado com a forma como as pessoas conseguem dançar nas cadeiras"... Dito e feito. O desafio foi aceite: O início da actuação da dupla Amadou & Mariam (Malí) deu início à rebelião...e a ocupação tímida dos dois corredores laterais de acesso foi esvaziando o coração do auditório, acabando com um terço dos ouvintes em palco...num espectáculo que findou já pelas 02h00.
Que diria o Rem (Koolhaas) 3) desta nova Casa da Dança?
Que diria o Renz (Luxembourg) 4) ao ver as pessoas encostadas aos seus difusores de madeira..ao ver agora a canópia de palco recolhida sobre uma trama metálica de projectores...?
A obra tão estática afinal também se mexe...
1) in site oficial dos Timbila Muzimba;
2) O vôo TAP custou-lhes os próprios instrumentos. Esperamos por uma próxima vez menos atribulada...
3) Arquitecto da Casa da Música;
4) Acústico da Casa da Música;
Etiquetas: aqui África
Obrigado por Blog intiresny
Intiresny é um nome de código?
Infelizmente não tenho escrito...mas imagino pelas tuas palavras que gostaste dos temas abordados! Obrigada, dant.